Um dia aprendi com um moleque,
Mestre,
que ser inútil tem lá suas utilidades.
Passei assim.
Então.
Portanto.
Me engrandecendo de inutilidades.
Porém,
(em certo quando)
ao meditar inutilmente,
me vi útil pra ser triste
(pra ter nó no peito e aperto na
garganta).
Senti, então, minha cachoeira de
inutilidade útil
cair-se
em mar de utilidade inútil
e utilmente entristeci.
Foi então que inutilizei minha tristeza
e fiz dela palavras.
Coloquei num poema torto,
desajeitado, útil, inútil, pouco
importa, tanto faz...
Triste.